sexta-feira, maio 04, 2012

O que Portugal tem de melhor - Cães de raça portuguesa (Cão Serra da Estrela)


CÃO DA SERRA DA ESTRELA



ORIGEM :  Portugal

DATA DE PUBLICAÇÃO DO ESTALÃO DE ORIGEM EM VIGOR : 04-11-2008

UTILIZAÇÃO : Cão de protecção de rebanhos, de guarda e companhia, utilizado também como animal de tracção.

CLASSIFICAÇÃO F.C.I. : 
        Grupo  2      Cão de tipo Pinscher e Schnauzer, Molossóides, cães de montanha e boieiros suíços e outras raças.   
        Secção  2.2  Molossóides,  tipo montanha.  
        Sem prova de trabalho.  

BREVE RESUMO HISTÓRICO : Desde épocas remotas, este cão fixou-se na região da Serra da Estrela, perdendo-se no tempo a sua verdadeira origem. Deve ser, no entanto, uma das raças caninas mais antigas da Península Ibérica. Encontra-se desde as faldas da Serra até às mais elevadas altitudes (2000 metros aproximadamente), sobretudo no Verão, quando, desaparecida a neve, as pastagens vicejam nas altas planuras, sendo procuradas pelos gados, visto, nas regiões do sopé, o calor excessivo ter dessecado toda a pastagem. Devido ao progressivo reconhecimento das suas aptidões, este cão tem sido difundido por todo o mundo, a partir da segunda metade do século XX.

ASPECTO GERAL: Grande molossóide de tipo mastim. Existe em duas variedades de pêlo: comprido e curto. Rústico e com muita substância; os andamentos são vivos e tem uma atitude imponente. A raça é de aspecto atento, calmo e expressivo. É bem proporcionado, é bem construído com uma aparência harmoniosa, característica conseguida ao longo dos tempos.
PROPORÇÕES IMPORTANTES:
Moderadamente longo (sublongilíneo), com tendência a mediolíneo. A altura do peito é inferior a metade da altura ao garrote. O do chanfro e o crânio devem ter aproximadamente o mesmo comprimento, não o tendo, o crânio deverá ser ligeiramente mais comprido.
COMPORTAMENTO / CARÁCTER: Inseparável companheiro do pastor e guarda fiel do rebanho, defende-o contra os predadores e ladrões de gado. Magnífico guarda de quintas e da casa, desconfiado perante os estranhos e tipicamente dócil com o seu dono.
CABEÇA:  Forte, volumosa, comprida e ligeiramente convexa vista de perfil; bem ligada e proporcionada ao corpo, bem como o crânio em relação à face; cada parte está em perfeita harmonia com as outras. A pele é lisa no crânio e na face.
REGIÃO CRANIANA :  
Crânio: Bem desenvolvido, arredondado, com os eixos longitudinais superiores crâniofaciais ligeiramente divergentes, convexo de perfil, as arcadas supraciliares são pouco desenvolvidas com um sulco frontal pouco aparente; a protuberância occipital não é saliente.
Stop: Depressão naso-frontal pouco pronunciada, está a uma distância aproximadamente igual da extremidade do nariz e da protuberância occipital.
REGIÃO FACIAL:
Trufa: Direita e em linha com o chanfro, narinas bem abertas; largas, de cor preta. Chanfro: Longo; estreitando-se para a extremidade, sem ser pontiagudo; tende para o rectilíneo na sua extensão, mas ligeiramente convexo na sua extremidade.
Lábios: Bem desenvolvidos sem serem espessos; bem sobrepostos, não caídos; a mucosa bucal, o céu-da-boca, bem como os bordos labiais são intensamente pigmentados de preto.
Maxilas/dentes: Boca bem rasgada com maxilas bem desenvolvidas; dentição completa com dentes fortes, brancos, bem implantados com uma boa oclusão; a articulação em tesoura é preferível, mas a articulação em pinça é aceite.
Olhos: De tamanho médio a pequeno, de forma oval, horizontais, de tamanho igual e bem abertos, de expressão atenta e calma; de cor âmbar escuro, de preferência. As pálpebras fecham-se bem e bordos orlados a preto. As sobrancelhas são ligeiramente marcadas.
Orelhas: Inserção média; caídas, inclinadas para trás, caindo lateralmente, encostadas à cabeça, com o bordo interno visível (em “rosa”); finas, de forma triangular, arredondadas na extremidade; pequenas em relação ao corpo.

PESCOÇO: Curto; direito e espesso; bem saído e bem ligado aos ombros; barbela pouco desenvolvida, sem exageros.

TRONCO:  
Linha superior: Direita. Quase horizontal.
Dorso: Bem musculado de preferência curto.
Lombo/Rim: Curto; largo; bem musculado e ligado à garupa.
Garupa: Ligeiramente descaída; curta; larga e musculada. A altura da garupa deve ser igual ou ligeiramente superior à altura ao garrote.
Peito: Largo; alto; bem arqueado, sem ser cilíndrico, e bem descido, junto ao cotovelo ou ligeiramente abaixo.
Linha inferior e ventre: A linha inferior deve elevar-se, de uma forma gradual, mas suavemente, do esterno às virilhas; o abdómen não deve ser muito largo em relação à corpulência do animal, ligando-se harmoniosamente com as regiões vizinhas.

CAUDA:  Média inserção; inteira; comprida; grossa; porte abaixo da horizontal, em forma de cimitarra, formando gancho na extremidade.
Em repouso cai naturalmente entre as coxas, chegando pelo menos a tocar o jarrete; quando o cão está atento e em acção, a cauda ultrapassa a horizontal, encurvando-se para cima e para diante, para o lado e para baixo, sem ser levada sobre a garupa. Deve ser bem guarnecida de pêlos, sendo franjada na variedade de pêlo comprido.

MEMBROS :
MEMBROS ANTERIORES: Bem aprumados com ossatura forte, e articulações espessas, angulações medianamente abertas, andamentos fáceis.
Antebraços: Direitos, paralelos, compridos, com forte ossatura duma forma quase cilíndrica.
Mãos: Bem proporcionadas, nem muito redondas, nem muito longas, entre pés de gato e pés de lebre (nunca espalmadas); os dedos são grossos providos de pêlos abundantes nos espaços interdigitais e entre as almofadas; as unhas são escuras, preferencialmente pretas, bem desenvolvidas; as almofadas são espessas e duras.
MEMBROS POSTERIORES: Aprumados, ossatura forte com articulações espessas, angulações medianamente abertas, movimentos fáceis.
Jarrete: Pouco descido, angulação medianamente aberta. O jarrete nem é virado para dentro nem para fora.
Metatarso: Vertical, quase cilíndrico. Presença possível de presunhos simples ou duplos.
Pés: Idênticos às mãos.


ANDAMENTOS:   Movimentos normais e fáceis.


PELAGEM:Pêlo: Forte, muito abundante, ligeiramente grosseiro, sem demasiada aspereza, fazendo lembrar o pêlo de cabra.
O subpêlo é constituído por pêlos finos, curtos, abundantes e emaranhados, normalmente mais claros que a pelagem.
Variedade de pêlo comprido: Pêlo liso ou ligeiramente ondulado de comprimento desigual em certas regiões do corpo.
 Nos membros, abaixo dos cotovelos e dos jarretes, é mais curto e denso, assim como na cabeça; nas orelhas, o pêlo diminui de comprimento da base à sua extremidade, tornando-se mais fino e macio.
É mais comprido na cauda, que é farta, espessa e franjada, em volta do pescoço, nas nádegas que são abundantemente franjadas, bem como na face posterior dos antebraços.
Variedade de pêlo curto: Pêlo liso, de comprimento igual em todo o corpo, ligeiramente mais curto na cabeça e membros, sem franjas.
Cor: São admitidas e consideradas típicas as seguintes cores:
- Unicolores: amarelo, fulvo e cinza em todas as suas tonalidades. : São admitidas e consideradas típicas as seguintes cores:
- Lobeiros: tonalidades de fulvo, amarelo e cinzento, muitas vezes em tons pálidos e escuros
- Tigrados: fulvo, amarelo e cinza, cor de carvão.
Na região crânio-facial é típica a máscara de cor negra.
As marcas brancas são admitidas apenas nas extremidades das mãos e pés bem como numa zona muito limitada da base do pescoço e peitoral. 

ALTURA E PESO:
    Altura ao garrote :   
      machos :    65-73cm
      fêmeas :    62-69 cm

    Peso :             
      machos :    45-60 kg
      fêmeas :    30-45 kg

Fonte: Associação Portuguesa do Cão Serra da Estrela

Sem comentários: