terça-feira, abril 28, 2009

GRIPE POR VIRUS DE ORIGEM SUÍNA - Perguntas mais frequentes


O que é “gripe suína”?

A “gripe suína” é uma infecção respiratória que atinge os suínos; Nos humanos não existe “gripe suína” mas sim “gripe humana” que pode ser provocada por algum vírus do tipo Influenza A que pode ter infectado também algum suíno e transformar-se nesse hospedeiro. A doença pode surgir em surtos regulares em suínos, embora em Portugal não existam casos descritos. Em condições normais as pessoas não são atingidas pelos vírus da “gripe suína”, mas a infecção humana pode acontecer esporadicamente. Estes vírus da “gripe suína” foram detectados diversas vezes no passado noutros países, e a sua propagação de pessoa para pessoa foi sempre limitada e não sustentada para além de três pessoas.

Existem infecções humanas por vírus da “gripe suína” actualmente?

Em finais de Março e início de Abril de 2009 foram notificados alguns casos no sul da Califórnia e perto de Santo António (Texas), nos Estados Unidos e depois confirmados também diversos casos no México e mais recentemente no Canadá e um em Espanha. Estes casos de infecção humana com o vírus da gripe suína do tipo “Influenza A” subtipo H1N1 são clinicamente mais graves para crianças e idosos. Outros Estados têm relatado casos suspeitos desta gripe em seres humanos, mas aguardam confirmação. Podem ser obtidas mais informações sobre a evolução da situação através dos sites: http://www.dgs.pt/ e http://www.alertnet.org/thenews/newsdesk/N23371192.htm


Este vírus da gripe de origem suína é contagioso?

Esta estirpe particular de vírus influenza A (H1N1) originária de suíno é contagiosa e propaga-se a partir de humanos doentes com gripe a outros humanos saudáveis. No entanto, neste momento, não se sabe, com muito rigor, com que facilidade o vírus se propaga entre as pessoas. O maior receio gerado pelos casos agora conhecidos decorre do facto de o vírus ser do subtipo H1N1, o mesmo que provocou a pandemia de 1918 / 19.




Como se pode propagar o vírus da gripe de origem suína?

A propagação do vírus suíno influenza A (H1N1) pensa-se que está a ocorrer de forma idêntica ao do vírus da gripe sazonal. São as pessoas com gripe que através da sua tosse ou espirros, ou das mãos que contactaram com corrimentos nasais, que passam o vírus a outras pessoas. Por vezes as pessoas também podem ficar infectadas pelo vírus da gripe se tocarem nalgum objecto, utensílio ou superfície que tenha sido contaminada por uma pessoa doente e se, em seguida, tocar com as mãos na boca ou no nariz.




Quais são os sinais e sintomas desta gripe nas pessoas?

Os sintomas da gripe causada pelo vírus de origem suína nas pessoas são semelhantes aos sintomas da vulgar gripe humana e são febre, tosse, dor de garganta, dores no corpo, dor de cabeça, calafrios e fadiga. Algumas pessoas têm também apresentado diarreia e vómitos associados com este tipo particular de vírus da gripe de origem suína. Tendo por base alguns casos relatados no passado, a doença pode evoluir de forma grave (pneumonia e insuficiência respiratória) e morte na infecção humana causada pelas estirpes de origem suína. Como gripe sazonal, a gripe causada por este vírus de origem suína pode provocar um quadro clínico agravado por condições clínicas crónicas, especialmente em crianças e nos idosos.


Como pode alguém com a gripe infectar outra pessoa?

As pessoas doentes são capazes de infectar outras pessoas ao longo do período de doença desde o primeiro dia, antes de desenvolverem sintomas e ao longo dos 7 dias subsequentes ou mais, depois de ficarem doentes. Isso significa que uma pessoa com gripe pode ser capaz de transmitir o vírus a alguém que não esteja doente durante bastante tempo.


Quais são as superfícies mais susceptíveis de serem fontes de contaminação?

Os vírus da gripe podem ser transmitidos quando uma pessoa infectada toca nalgum objecto ou superfície que tenha sido previamente contaminada com o micróbio e, em seguida, toca nos seus olhos, no nariz ou na boca. As gotículas geradas pela tosse ou espirros de uma pessoa infectada (aerossóis) podem deslocar-se através do ar. Os germes podem ser disseminados, quando uma pessoa toca nas gotículas respiratórias de outra pessoa sobre uma superfície como uma secretária e, em seguida, tocar os seus próprios olhos, boca ou nariz antes de lavar as mãos.

Em todas as circunstâncias cabe aos serviços médicos garantir a assistência a todas as situações de suspeita de doença. Ou seja, em caso de suspeita da doença devem ser contactadas de imediato as linhas de emergência para assistência médica. A DG Saúde tem uma linha de emergência para esclarecer dúvidas (Saúde 24 - nº 808 24 24 24).




Posso apanhar esta gripe se comer ou preparar carne de porco?

Não! A gripe suína não se transmite pelo consumo da carne. As pessoas só “apanham” esta gripe se contactarem directa ou indirectamente com outras pessoas afectadas.
Para além do mais o vírus em causa não está a circular entre os suínos. Em Portugal não existe actualmente qualquer caso de “gripe suína”.

Acresce ainda que a carne de porco apenas pode ser obtida a partir de suínos saudáveis. Ou seja, mesmo que, numa hipótese muito remota, existisse algum suíno com gripe, esse animal jamais poderia dar origem a carne; E, ainda que essa hipótese absurda fosse real, a carne obtida desse animal não transmitiria a doença aos consumidores que a ingerissem.

A razão pela qual alguns países já decretaram embargos às carnes de suíno produzidas no México, não tem a ver com salvaguarda da saúde das populações humanas, mas antes com a possibilidade de o vírus poder vir a ser introduzido nos efectivos suínos dos países de destino: os suínos são animais omnívoros e por isso ingerem restos de comida ou desperdícios alimentares (restos de cozinha e de mesa). Na União Europeia esta prática de alimentação de suínos está interdita.


Quanto tempo podem sobreviver os vírus fora do corpo?

Sabe-se que alguns destes vírus podem viver 2 horas ou mais em superfícies de equipamentos de cafetaria, mesas, maçanetas e secretárias. Uma lavagem frequente das mãos pode ajudar a reduzir as hipóteses de contaminação a partir destas superfícies comuns com que entramos em contacto.


Qual é a gravidade da infecção causada por este vírus da gripe de origem suína?

À semelhança da gripe sazonal, esta gripe provocada pelo vírus de origem suína em seres humanos tem uma gravidade que pode variar entre um grau leve e a fatalidade. Existem casos humanos de gripe de origem aviaria e suína descritos nos EUA entre 2005 e Janeiro de 2009 que evoluíram sem mortes. No entanto, a gripe de origem suína pode ser uma infecção grave.

Nas últimas três décadas estão descritos nos EUA algumas centenas de casos de gripe humana de origem suína, dos quais resultaram 3 casos de morte confirmada. No actual surto no México também já se confirmaram alguns óbitos.

Informação disponível na Direcção Geral de Veterinária sobre gripe suína

Gripe suína não é problema veterinário

Gripe suína não é problema veterinário Imprimir e-mail



A nova estirpe de vírus da gripe suína – H1N1 – não é, segundo a Direcção-Geral de Saúde (DGS), um problema veterinário.

Segundo comunicado da DGS, esta «trata-se de uma gripe humana», e por isso «nada indica que a ingestão de carne de porco represente um risco adicional para o Homem».

A nova estirpe, identificada em surtos no México e Estados Unidos, transmite-se por via aérea através de gotículas, espirros, tosse ou outros contactos próximos. Os sintomas são os mesmos de qualquer gripe - febre, tosse, dor muscular e dificuldade respiratória – pelo que o seu diagnóstico baseia-se sobretudo na estada em zonas afectadas.

Em Portugal a DGS «accionou os dispositivos previstos», em colaboração com o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge. Foram também dadas orientações à Linha de Saúde 24 no sentido de esclarecer os viajantes. É recomendado aos portugueses que, ao regressarem das zonas atingidas e apresentem sintomas gripais, liguem para a Linha Saúde 24.

Em declaraçãoes ao Correio da Manhã, Carlos Agrela Pinheiro, director-geral de Veterinária, afirmou que a terminologia da gripe suína induz «um bocado em erro», e que estamos perante «um surto de gripe humana provocado por um vírus modificado de origem suína, mas que é um vírus humano».

Em comunicado, o Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas esclarece também que «nas últimas décadas, não foi detectada em Portugal qualquer infecção em suínos causada por esta estirpe de vírus, nem quaisquer situações de gripe suína»; «o vírus em causa não se transmite através do consumo de carne de porco, mas sim pelo contacto das pessoas doentes com as saudáveis»; e «nos últimos seis meses não foi importado para Portugal qualquer material obtido de suínos originários do México ou dos Estados Unidos». Assim, e concluindo, «a eventual possibilidade de introdução do vírus no território nacional só se coloca pela via dos humanos que viajem ou contactem com viajantes».


Actualizado em ( 28-Apr-2009 ), artigo retirado da revista Veterinária Actual

quinta-feira, abril 23, 2009

Os gatos e os parasitas



Sob o tema "Os gatos e parasitas - tudo o que precisa de saber", foi realizado no Centro Veterinário de Vila Viçosa o primeiro de muitos convívios. Com o intuito de aumentar os laços entre veterinário e cliente, organizou-se um convivio com os nossos clientes de forma informal para troca de experiências e informações.

Uma desparasitação bem realizada é uma forma de minorarmos o risco de doenças quer nos nossos animais de companhia quer na nossa família.



Após animado convívio, procedeu-se a um lanchinho e ao sorteio de uma Enciclopédia do gato, 1 ampola Frontline Combo (R) e 1 comprimido Milbemax (R), sendo a premiada a Sra. D. Iria Castro dona do Pom-Pom.

Resultado do Inquérito 04/09



Em relação ao último desafio proposto, o parasita que se vê na imagem dentro do glóbulo vermelho trata-se é o Babesia canis. Este hemoparasita, como os outros que foram indicados no inquérito, também é responsável pela febre da carraça. A maioria acertou! Obrigada pela vossa participação.


O hemoparasita Erlichia canis é um parasita que vive dentro dos glóbulos brancos e não nos vermelhos, formando uma mórula.


E o Haemobartonella canis é um hemoparasita que habita na periferia dos glóbulos vermelhos.

terça-feira, abril 14, 2009

Caso clínico 10/09 - Adenoma das glândulas perianais de um cão


O Pitucho é um caniche de 8 anos que se apresentou no Centro Veterinário de Estremoz com a queixa de lhe ter aparecido uma formação ao nível do ânus que sangrava muito.

Procedeu-se à avaliação do mesmo, verificando-se que se tratava de uma massa na região da glândula perianal direita e aconselhou-se a remoção e análise histopatológica da mesma.



O resultado do Laboratório confirma a nossa suspeita, trata-se de um adenoma da glândula perianal.

Este adenoma raramente tem recorrência, no entanto está associado a alterações hormonais pelo que será recomendado à dona do Pitucho a sua castração.

O Pitucho já tirou os pontos e está a recuperar bem.

Caso clínico 09/09 - Obstrução uretral por estruvite em gato


O Xenico é um gato Europeu comum que se apresentou no Centro Veterinário de Estremoz com sinais de tenesmo, vómito branco e espumoso, anorexia e dificuldade em mover-se dos posteriores e dor abdominal. Os donos pensavam tratar-se de dificuldade em defecar, fezes duras.



Ao exame fisico foi possível palpar o abdómen onde se detectou uma bexiga cheia e em tensão, o Xenico estava obstruído. Procedeu-se à sua sedação e algaliação. O Xenico já tinha a ponta do pénis muito inflamada e tinha um rolão logo à saída.

Foi necessária a apliacação de uma solução especial para a dissolução de cálculos para procedermos à algaliação do Xenico. Ele tinha um rolhão cristais de cerca de 2 cm de comprimento.



Ao microscópio foi possivel identificar o cristal responsável pela obstrução de Xenico: Estruvite.



O Xenico foi algaliado para casa, colar isabelino e com medicação para a infecção e inflamação. Para além da medicação oral, o Xenico iniciou uma ração especial para diminuir o pH da urina e promover a dissolução destes cristais.

Volta daqui a 3 dias para remover a algália, continuando depois com a ração especial para toda a vida de forma a evitar recidivas.

quinta-feira, abril 09, 2009

Caso Clínico 08/09 - Dermatofitose em cão


O Flash é um Pequinois macho que se apresentou no Centro Veterinário de Vila Viçosa com história crostas em todo o corpo e feridas no dorso e pescoço há algum tempo.



Ferida no pescoço

Ferida do dorso

Após exame fisico completo, observou-se que o Flash tinha um problema de dermatofitose com infecção secundária bacteriana severa.

Iniciou-se o tratamento com antibióticos , antifungicos, antihistaminicos e vitaminas para o pêlo. Recomenedou-se também banhos semanais com um shampoo fungicida.

2 semanas após ter iniciado o tratamento já se vê o pêlo a crescer nas zonas afectadas, já não apresenta as crostas pelo corpo.


Resultados após 2 semanas de tratamento

sábado, abril 04, 2009

Nova Imagem da Empresa




A pensar no Futuro e adaptar-se cada vez mais às novas tecnologias, o Centro Veterinário de Estremoz mudou de imagem.

Além mudança de imagem, o Centro Veterinário de Estremoz continua com a mesma vontade de melhorar a qualidade dos nossos serviços com objectivo de melhor satisfazer os nossos clientes, e irá brevemente iniciar alguns encontros com intuito de troca de conhecimentos e aumentar os laços entre o veterinário e o seu animal de companhia.

Esteja atento às próximas notícias.