segunda-feira, julho 21, 2014
domingo, julho 20, 2014
sábado, julho 19, 2014
Esterilização: sim ou não? - Parte III
Como se processa a esterilização?
A
cirurgia é sob anestesia geral e é um procedimento simples do qual resulta uma
pequena cicatriz.
Dependendo
do caso, os animais poderão ir para casa com medicação para controlo da dor e
antibiótico, bem como levar colocado um colar isabelino para evitar que haja
lambedura da cicatriz da sutura - com
eventual infecção da mesma.
Para os
animais é recomendado ainda que façam repouso o mais possível, evitando a subida
e descida de degraus ou saltos para que a cicatrização se faça o mais
rapidamente possível. A cicatriz deve ser desinfectada várias vezes ao dia.
Normalmente,
procede-se ao acompanhamento 2-3 dias pós cirurgia para avaliação do estado
geral do animal bem como da sutura. E os animais volta para tirar os pontos 8 a 10 dias após cirurgia e, a
partir daqui, ter uma vida normal.
Quando se deve realizar a esterilização?
A
qualquer altura é possível realizar a cirurgia. A recomendação é:
-
machos: a partir dos 8-9 meses de idade;
-
cadelas: após o primeiro cio;
- gatas
: a partir dos 5-6 meses de idade.
Animais
com mais de 7 anos, deve fazer sempre uma consulta pré-cirurgica para avaliar o
coração, avaliar a função renal e hepática e verificar se existem formações
quísticas nas maminhas que, se detectadas, poderão ser removidas na cirurgia.
O facto
da cadela/gata estarem com o cio não impede que estas sejam esterilizadas, devendo
apenas ter-se atenção, no procedimento cirúrgico, ao facto da paciente ter os
vasos sanguíneos maiores.
Como se marca uma esterilização?
O ideal
é marcar este tipo de intervenção com antecedência de cerca de 24-48h, pois
estes animais terão de fazer jejum de pelo menos 12 horas antes da cirurgia.
Normalmente,
o animal fica aos nossos cuidados durante o dia para que acorde com
acompanhamento médico veterinário, indo para casa no fim do dia com as
recomendações necessárias.
A esterilização é cara?
Hoje em
dia a esterilização de cães e gatos é um procedimento de rotina e acessível a
todos.
Uma
cirurgia com marcação e de carácter preventivo tem menor custo, comparada com
as cirurgias de urgência que podem ocorrer devido à não esterilização dos
animais, como é o caso das infecções uterinas, das cesarianas, sutura e
tratamento de feridas decorrentes de feridas por ataques de outros cães e
resultantes de tiros ou até mesmo fugas que levam ao atropelamento dos animais.
A médio
prazo, as pílulas e as injecções para evitar o cio ficam mais caras do que a
cirurgia, para além dos riscos inerentes à suplementação de hormonas que,
quando dadas de forma incorrecta, podem originar infecções e tumores e
consequentemente a uma intervenção cirúrgica de urgência.
A
esterilização é a opção mais vantajosa para a saúde do animal.
sexta-feira, julho 18, 2014
Esterilização: sim ou não? - Parte II
Quais as alterações na vida do animal?
- com a
inactividade sexual, as fugas, marcação de território e vocalizações a meio da
noite deixam de existir;
- diminui a agressividade;
- fica mais caseiro, mais meigo, no entanto não
altera a personalidade do seu animal;
- as
necessidades alimentares diminuem, não precisando de tantas calorias mas sim de
proteína de elevada qualidade;
- os
gatos devem fazer uma ração com maior potencial de redução do pH urinário de
forma a prevenir o aparecimento de problemas urinários.
Um animal esterilizado fica obeso?
Um
animal esterilizado tem maior pré-disposição para aumentar de peso, já que
muitas vezes continuam a comer o mesmo e a mesma quantidade de alimento, antes
e depois da esterilização.
Estes
animais têm um metabolismo mais lento que os não esterilizados e, como tal, se
continuam com a mesma dieta, poderão a vir ganhar peso rapidamente.
A ideia
de diminuir a dose da comida a dar pode não ser boa ideia pois ao cortar na
ração está, não só a cortar calorias, como também nutrientes – e com isso a
provocar deficiências nutricionais graves ao seu animal de estimação.
Deve-se
dar um alimento que tenha menos calorias mas que não comprometa a qualidade dos
outros nutrientes (sobretudo a proteína).
Existem
no mercado várias marcas que já têm incluído nas suas gamas alimento para
animais esterilizados, sendo esta ração a opção certa a dar ao seu animal de
estimação sem comprometer a sua boa alimentação.
Os
animais esterilizados, como os não esterilizados, devem fazer exercício diário,
não só para perder calorias como para se divertirem com os donos!
quinta-feira, julho 17, 2014
Esterilização: sim ou não? - Parte I
Esterilizar ou não
esterilizar, eis a questão!
A
decisão de esterilizar o animal de estimação, indica o nível de
responsabilidade que assumimos para com ele.
Existem
muito tabus e crenças acerca deste tema.
Este post pretende ajudar a clarificar e elucidar sobre
a esterilização em cães e gatos.
O que é a esterilização?
A
esterilização é um procedimento cirúrgico médico veterinário de rotina
relativamente simples, que envolve
a remoção dos órgãos repodutores de cães e
gatos. No caso das fêmeas removem-se os ovários e o útero e,
no caso dos
machos, os testículos.
Quais os benefícios de esterilizar o seu animal de estimação?
- A
marcação do território através da urina em casa deixa de existir,
- A
vocalização na altura cio, sobretudo nos gatos, também;
-
Diminuem as fugas dos cães/gatos na altura do cio, prevenindo lutas,
atropelamentos e, por vezes, destruição de património;
-
Diminuem os riscos de aparecimento de tumores mamários, hiperplasia quistica da
próstata;
- Evita gestações não desejadas;
-
Diminui a probabilidade dos gatos serem infectados com os vírus da FIV (Imunodeficiência
felina – SIDA felina) e FeLV ( Leucemia felina);
- Os
animais esterilizados vivem mais tempo.
quarta-feira, julho 16, 2014
Caso Clínico 02/14 - Hiperplasia Vaginal em Cadela
A Flora, uma cadela Labrador, apresentou-se à consulta com história de estar com o cio e apresentar uma massa que saía da vulva.
A Flora tinha uma Hiperplasia vaginal, que resulta da não ovulação por parte da mesma, devido à falta do pico da LH durante o cio.
Nestes casos, recomenda-se a esterilização da cadela pois se não for assim a cadela poderá ter, em todos os cios, esta situação que pode vir a ter consequências graves ( por exemplo feridas traumáticas por mordedura bem como de exposição da uretra e bexiga).
No caso da flora não foi preciso remover a massa, havendo regressão da mesma após a remoção dos ovários.
A Flora recuperou bem e está fora de perigo!
terça-feira, julho 15, 2014
Caso Clínico 01/14 - Míases em cão
Quando as moscas põe ovos nas feridas dos cães e dos gatos estes desenvolvem-se e transformam-se em larvas que se alimentam da carne em putrefacção. Estas larvas têm o nome de míases.
O Barbosa é um cão que se apresentou à consulta por apresentar 2 feridas que estavam cheios de míases.
A ferida foi limpa e removeu-se as larvas das feridas, aplicando-se um penso com pomada cicatrizante e gaze parafinada. Foi-lhe administrado um comprimido que mata as míases e iniciou-se antibiótico e anti-inflamatório.
Ao fim de 2 pensos já se nota melhorias significativas na pata!
quarta-feira, julho 09, 2014
Higiene Oral em Cães e Gatos - Tártaro
O tártaro é uma placa bacteriana que se forma à volta dos dentes na zona mais próxima da gengiva e, que em casos mais severos, cobre o dente na sua totalidade. Tem a tonalidade amarelada ou até mesmo esverdeada.
A placa bacteriana causa mau hálito, doenças periodontais ( inflamação da gengiva, sangramento gengival,dor ao mastigar, queda dos dentes) ou se entrarem as bactérias pela corrente sanguínea podem causar doenças noutros órgãos como coração, rim e fígado.
Esta placa forma-se por acumulação na boca de restos de comida e saliva que vão alimentar as bactérias presentes na boca, formando esta placa mineralizada e de difícil remoção. Os animais que têm sempre comida à disposição são animais mais prédispostos a desenvolverem este tipo de problema pois passam o dia a petiscar e consequentemente a "alimentar" as bactérias da boca que, por sua vez, formam o tártaro.
O tártaro não se remove através das escovagens dos dentes nem pela utilização dos snacks que são utilizados para manter os dentes limpos. A única forma de remoção do tártaro é a realização de uma destartarização.
A destartarização envolve a sedação geral do animal e deve ser feita pelo médico veterinário. Normalmente um cão ou gato deverá fazer realizar uma destartarização de 6 em 6 meses ou anualmente dependendo do caso.
A aposta deve ser feita na prevenção. Desde pequeno habituar o cão a ter, inicialmente, um dedo na boca, depois gradualmente passa a uma gaze com antiséptico e mais tarde uma escova dos dentes com dentrífico desenhado especialmente para os cães/gatos .
A escovagem deve ser diária.
A alimentação deve ser repartida ( 2 refeições por dia) pelo dia e não estar sempre à disposição. No caso dos gatos, ou situações em que não pode haver este repartir de refeições, o ideal é dar ao seu animal de estimação uma ração que faça a prevenção do tártaro dentário, existindo já várias marcas no mercado com esse fim.
Os dental sticks ou snacks para os dentes também deverão ser fornecidos aos cães e gatos, tendo em atenção que deve respeitar a dose diária de sticks, pois eles também têm calorias!
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