Passados os 8 dias pós-cirurgicos, foi removida a sutura e apresentava boa evolução.
terça-feira, maio 27, 2008
Caso Clínico 7/08 - Remoção do pesunho
Processionária – mais conhecida por a lagarta do pinheiro
Quais os sinais clínicos da intoxicação pela Processionária?
Por vezes provoca uma reacção anafiláctica severa com alterações neurológicas (tremores, convulsões) que culminam em morte rápida do animal.
Mas, na maioria das situações, os sinais ocorrem na zona de contacto com os pêlos da lagarta. Comichão e inchaço nos lábios, mucosa oral, palato mole e língua. Ao exame da boca podemos detectar zonas de necrose/morte dos tecidos, sobretudo da ponta da língua. Em alguns casos, podem ocorrer conjuntivites ou úlceras da córnea, bem como edemas da glote e/ou da laringe.
O que fazer se suspeitarmos que o nosso cão foi intoxicado pela Processionária?
A primeira coisa a fazer é lavar bem a boca e a língua de forma a eliminarmos os pêlos que possam estar ainda na boca do animal. Deve-se lavar a boca com água corrente e/ou com um desinfectante oral com clorexidina, limpando de seguida com um pedaço de papel ou com uma compressa. ATENÇÃO: nunca se deve friccionar quando se limpa a boca e a língua, pois a fricção estimula a saída das toxinas dos pêlos que estão em contacto com as estruturas, como também, auxilia a sua penetração com consequente agravamento dos sintomas. Usar luvas nesta limpeza, de forma a não desenvolver também sinais de urticária, como irritação, comichão e rubor nas mãos e braços.
Após esta primeira abordagem, o cão deverá ser levado ao veterinário o mais rapidamente possível. O objectivo é parar o quanto antes a progressão e alastramento da necrose da língua, palato e mucosa oral, bem como reduzir o inchaço ou edema no focinho, lábios e língua de forma a que não evoluam para situações mais graves como edema da laringe e da glote que podem provocar asfixia ao animal.
Qual a altura do ano em que o meu cão está mais exposto à Processionária?
A altura a evitar que o seu cão se aproxime ou brinque junto a pinheiros é entre a Primavera e o Verão quando a lagarta tem os pêlos urticantes desenvolvidos e encontra-se na chamada “procissão” que compreende a transição da fase terrestre para a fase aérea na qual se realiza uma migração de várias lagartas em fila desde o local de desenvolvimento larvar até ao local onde passam a fase pupar (casulo onde se transformam em borboletas). Esta migração desperta a curiosidade ao animal e consequente intoxicação.
Idade Animal
Com o avanço da medicina veterinária e com a preocupação crescente dos donos dos animais de companhia em ter as suas mascotes bem cuidadas, levou a que os animais tenham cada vez mais uma maior esperança de vida. A idade sénior varia consoante a raça do animal em questão. Vejamos, então, o esquema seguinte:
Que alterações é que surgem nesta fase?
Com a idade o animal vai ficar menos activo, começam a aparecer uns pêlos brancos disseminados pelo corpo – sobretudo na zona do focinho - ; a acuidade visual e auditiva diminuem aparecendo nesta fase as cataratas nos olhos, diminui a massa muscular; aparecem os problemas relacionados com as artroses e dificuldade em subir e descer escadas; mau hálito devido a problemas de gengivite e periodontite; diminuição da funcionalidade renal e hepática; digestões mais difíceis; tendência para o emagrecimento ou para engordar;alterações na contractibilidade cardíaca; por vezes demência e/ou alterações no comportamento; maior tedência para o desenvolvimento de doenças endócrinas – como a diabetes mellitus – e tumores.
Que cuidados devo com o meu cão/gato sénior?
Para que o seu amigo tenha uma vida mais longa e saudável, deverá fazer com regularidade exames para a detenção precose de doenças no seu médico veterinário.
Deverá ter em atenção à alimentação do seu amigo, pois existem rações especiais para animais seniores. Não o deixe engordar, pois mais difícil será para ele mover-se!
Ter sempre água limpa e disponível.
O exercício deverá ser moderado, não se esqueça que o seu amigo tem artroses e cansa-se mais depressa!
A cama dele deverá ser bastante confortável e de fácil acesso.
É aconselhável quantas visitas por ano ao veterinário?
As visitas a realizar ao médico veterinário deverão ser marcadas de acordo com os problemas que o seu amigo apresentar após uma primeira consulta sénior. Normalmente é aconselhável visitas regulares uma vez por ano ou semestralmente.
Que exames deverá realizar o meu animal de estimação?
Existem vários exames que o seu amigo poderá realizar. Em primeiro lugar deve-se proceder à realização do exame físico, no qual o seu médico veterinário irá retirar informação importante para a realização de outro tipo de exames. Pode proceder à avaliação da funcionalidade cardíaca através do E.C.G. , fazer análises bioquímicas para avaliar o rim e fígado , bem como Rx e ecografia.
segunda-feira, maio 26, 2008
Febre da carraça
quinta-feira, maio 15, 2008
Caso Clínico 6/08 - Pragana no olho
terça-feira, maio 13, 2008
Caso Clínico 5/08 - Otohematoma em gato
segunda-feira, maio 12, 2008
Resultados do inquérito 1/08
sábado, maio 10, 2008
Caso Clínico 4/08 - Piómetra
Foi para casa medicada e está a recuperar bem.
sexta-feira, maio 09, 2008
Caso Clínico 3/08 - Tumores mamários
Caso Clínico 2/08 - Necrose da cauda
quinta-feira, maio 08, 2008
Curso de Ultrassonografia Abdominal e Ecocardiografia em Animais de Companhia
quarta-feira, maio 07, 2008
Caso Clínico 1/08 - Pragana no ouvido
terça-feira, maio 06, 2008
Vacinação em cães
Que esquema vacinal aconselha?
Existem vários protocolos vacinais que podem variar conforme a localização geográfica e de país para país, pois encontramos diferentes prevalências das doenças e zonas endémicas em diferentes regiões. Como tal, a vacinação do seu animal deve ser avaliada pelo veterinário da sua zona de residência, pois ele melhor do que ninguém sabe qual é o protocolo que se melhor adequa ao seu animal de estimação.
No caso concreto da zona de Estremoz, utilizo um protocolo de vacinação que se inicia com a vacinação do cachorro a partir das 7 / 8 semanas de vida. Antes desta vacina, podemos dar outra a qual chamo de “vacina dos cachorrinhos” a qual administro às 4 e às 6 semanas de vida do animal em casos muito específicos: cães que vieram de canis, de criadores ou em situações que a mãe dos cachorros não tem qualquer vacina. Esta vacina é contra a parvovirose e tem um título de anticorpos maior que aquela que se administra aos cães com 7/8 semanas.
A primovacinação consiste na vacinação dos cachorros às 7/8 semanas contra as seguintes doenças infecto-contagiosas :parvovirose, esgana, hepatite vírica canina, leptospirose e tosse do canil. Como os cachorros têm um sistema imunitário imaturo não conseguem obter uma resposta imunitária satisfatória só com uma administração da vacina, como tal, torna-se necessário um novo reforço da mesma passado 3 a 4 semanas no máximo. Se passarem mais do que 4 semanas entre o 1º e o 2º reforço vacinal, o sistema imunitário do cachorro já não consegue produzir uma resposta satisfatória e duradoura por um ano, pois este sistema tem uma memória bastante curta e se não for estimulado neste tempo o organismo “esquece” a resposta imunológica para os patogénios inoculados pela vacina , pensando estar a contactar com estes pela primeira vez.
Qual a altura ideal para dar a vacina da febre da carraça?
Tenho por norma dar a vacina da febre da carraça isolada das outras vacinas com um intervalo de pelo menos 1 mês antes ou depois da administração da mesma e recomendo que o animal tenha uns dias sem exercício violento. Não recomendo de todo a vacinação em simultâneo com outras vacinas. Aconselho sempre aos meus clientes que a administração desta vacina seja feita fora dos picos epidemiológicos, de forma a que esteja na sua eficácia máxima na altura em que existem mais carraças e maior probabilidade de ocorrer a transmissão da doença. Os períodos entre Dezembro/Janeiro e fins de Junho a finais de Agosto são aqueles em que aconselho a vacinação contra a febre da carraça.
Tanto a vacina da tosse do canil e febre da carraça precisa sempre de um reforço quando se realiza a primo-vacinação das mesmas, quer seja um cão adulto ou não, de forma a que no 2º reforço haja uma eficácia da imunidade de pelo menos 1 ano, devendo-se proceder à vacinação anual das mesmas.
segunda-feira, maio 05, 2008
Instalações do Centro Veterinário de Estremoz
Somos uma equipa de 3 veterinários e 2 auxiliares.
Horário:
De segunda a sexta - 11h00 às 13h00 e das 15h00 às 20h00
Sábado - 9h00 às 14h00
Contactos:
Morada: Sítio Passagem de Nível EN 18 Km 227
7100 - Estremoz
Telefone/fax : 268333338 Telemóvel: 936472863/932827049
Bem vindos!
O meu nome é Filipa Branquinho, sou veterinária há 5 anos e trabalho no Centro Veterinário de Estremoz. A minha especialização são os animais de companhia, sendo a minha área de interesse especial medicina de felinos.
Este espaço foi criado no intuito de esclarecer, trocar ideias e relatar casos que vou acompanhando.