A leptospirose é uma importante e complexa doença infecto-contagiosa dos animais e do homem, considerada uma zoonose de ocorrência mundial.
Sabe-se que muitas espécies de animais silvestres podem atuar como reservatórios de Leptospira para outros animais silvestres ou domésticos e mesmo para o homem.
E entre os animais silvestres estão os roedores, que representa o mais importante reservatório natural da doença. Mas nos ratos as leptospiras causam uma infecção sem sinais clínicos da doença, porém, os mesmos continuam a eliminar a bactéria por toda sua vida.
A disseminação ocorre pelo contato com sangue e/ ou urina de animais doentes ou poradores, por transmissão venérea, placentária ou pela pele.
A Leptospira multiplica-se ativamente nos diferentes órgãos parenquimatosos, sangue e linfa, caracterizando o quadro agudo da doença, denominado leptospiremia. Porém quando a multiplicação do agente ocorre no endotélio vascular determina um quadro de vasculite generalizada nos animais. Após essa fase, o agente pode permanecer nos túbulos contornados renais, sendo eliminado pela urina, de forma intermitente (leptospirúria), e essa eliminação renal do microrganismo ocorre desde 72 horas após a infecção até semanas a meses nos animais domésticos e por toda vida nos roedores.
Os sinais clínicos mais comuns na infecção aguda são: letargia, depressão, anorexia, vómito, febre, poliúria, polidipsia, dor abdominal e/ou lombar, diarreia, mialgia, halitose, úlceras bucais, icterícia, petéquias e sufusões em mucosas e conjuntivas. Esse quadro pode evoluir rapidamente para a morte sem que haja tempo para o desenvolvimento de doença renal( hematúria com insuficiência renal) ou hepática evidente ( icterícia).
A vacinação é importante método de controle, mas as medidas sanitárias gerais, como o controle de roedores, limpeza do ambiente, com a remoção dos resíduos sólidos e líquidos, a restrição de acesso dos cães do domicílio ao ambiente externo, especialmente nos períodos de maior precipitação pluviométrica, em que ocorrem enchentes e formação de coleções líquidas residuais nas quais as leptospiras permanecem viáveis por um período maior de tempo, são medidas importantes para reduzir as chances de contaminação.
Adapatado de: www.unicruz.edu.br
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